"TUDO OU NADA"! Lucas 6.43-49

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Se o seu cristianismo não fizer de você uma nova criatura, você não se converteu a Jesus mas a si mesmo.

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Grande ideia: Se o seu cristianismo não fizer de você uma nova criatura, você não se converteu a Jesus, mas a si mesmo.
Estrutura: Os frutos são de acordo com a natureza da árvore (vv. 43-45) e há necessidade de se ter coerência entre a profissão de fé e o conteúdo da fé (vv. 46-49).
Comentário Bíblico de Lucas: Através da Bíblia Jesus Ensina as Verdades do Evangelho Através do Sermão da planície (Lc 6.20–49)

O texto de Lucas 6.17–49 forma o chamado “Sermão da Planície” e corresponde ao “Sermão da Montanha” de Mateus 5–7. Se compararmos as duas passagens encontraremos algumas diferenças. A principal é que Lucas omitiu todos os pormenores sobre os costumes e as leis judaicas, porque escreveu em primeiro lugar para os gregos, para os pagãos, enquanto Mateus queria mostrar aos seus leitores judeus que o cristianismo realiza a justiça que Deus quer.

O que é possível observar é que Lucas estava mais preocupado em delinear o traço essencial da mensagem cristã: A prática do amor. Lucas não se preocupou tanto em destacar o espírito do cristianismo, mas em salientar o comportamento concreto que expressa esse espírito.

Nossa série:
6.20-26 : “Com Jesus no coração, a gente é feliz”.
GI: Somos felizes mesmo quando não estamos felizes: nossa felicidade é a nossa satisfação em Cristo.
6.27-36: Amor cura ou amargura?
GI: O amor é a essência do cristianismo, que não se conforma apenas com palavras, mas se expressa por atos misericordiosos.
6.37-42: “Cisco ou trave”.
GI: Temos de ser críticos em nosso olhar para nós mesmos, e generosos no olhar para os outros.
01. Tal árvore, tal fruto! (vv. 43-45)
(a) Olha o padrão: “árvore boa” com “bom fruto”, “árvore má” com “mau fruto”. “Pessoa boa” com “bom tesouro”, e “pessoa má” com “mau tesouro”.
Mateus 7.16–20 (NAA)
16Pelos seus frutos vocês os conhecerão. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de ervas daninhas?
17Assim, toda árvore boa produz frutos bons, porém a árvore má produz frutos maus.
18A árvore boa não pode produzir frutos maus, e a árvore má não pode produzir frutos bons.
19Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e jogada no fogo.
20Assim, pois, pelos seus frutos vocês os conhecerão.
Salmo 92.12–14 (NAA)
12O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano.
13Plantados na Casa do Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus.
14Na velhice ainda darão frutos, serão cheios de seiva e de verdor,
(b) Os princípios: “cada árvore é conhecida pelos frutos que produz” e “a boca fala do que está cheio o coração”.
Lucas 6.44 (NTLH)
44Pois cada árvore é conhecida pelas frutas que ela produz. Não é possível colher figos de espinheiros, nem colher uvas de pés de urtiga.
Leon Morris:
Sempre há um motivo para as palavras que falamos. Nossas palavras revelam o que está em nosso coração.
(c) O que Jesus quer dizer em relação à bondade do ser humano? Certamente ele não está falando em “bondade inata”, pois todos temos nossa “corrupção herdada”.
Wayne Grudem:
Temos uma natureza pecaminosa por causa do pecado de Adão. Além da culpa legal que Deus nos imputa por causa do pecado de Adão, também herdamos uma natureza pecaminosa como conseqüência do pecado dele. Essa natureza pecaminosa herdada é às vezes denominada simplesmente “pecado original”, e às vezes, mais precisamente, “poluição original”. Uso, em vez disso, o termo “corrupção herdada”, pois parece exprimir com mais clareza a idéia em vista.
a. Na nossa natureza, carecemos totalmente de bem espiritual perante Deus. Não é certo dizer que algumas partem de nós são pecaminosas, e outras puras. Antes, cada parte do nosso ser está maculada pelo pecado — o intelecto, as emoções e desejos, o coração (o centro dos desejos e dos processos decisórios), as metas e motivos e até o corpo físico. Diz Paulo: “Sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum” (Rm 7.18) e “para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” (Tt 1.15).
b. Nos nossos atos, somos totalmente incapazes de fazer o bem espiritual perante Deus. Essa idéia está ligada à anterior. Não só em nós, pecadores, falta o bem espiritual, mas também a capacidade de fazer qualquer coisa que agrade a Deus, e ainda a capacidade de nos aproximar de Deus por nossas próprias forças. Paulo diz que “os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Rm 8.8). Além disso, a respeito de dar fruto para o reino de Deus e fazer o que lhe agrada, diz Jesus: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). De fato, os descrentes não são agradáveis a Deus, senão por outra razão qualquer, simplesmente porque seus atos não advêm da fé em Deus e do amor por ele, e “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6). Paulo, falando da época em que seus leitores eram descrentes, diz-lhes que estavam “mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora” (Ef 2.1-2). Os descrentes estão num estado de servidão ou escravidão ao pecado, pois “todo o que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8.34). Embora, do ponto de vista humano, as pessoas possam ser capazes de fazer o bem, Isaías afirma que “todas as nossas justiças, [são] como trapo da imundícia” (Is 64.6; cf. Rm 3.9-20). Os incrédulos nem sequer são capazes de compreender corretamente as coisas de Deus, pois “o homem natural não recebe os dons [lit. “coisas”] do Espírito de Deus, pois lhe são insensatez, e não consegue compreendê-los, pois só se pode discerni-los espiritualmente” (1Co 2.14 rsv mg.). Tampouco podemos nós nos aproximar de Deus por nossas próprias forças, pois diz Jesus: “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer” (Jo 6.44).
(d) Trocando em miúdos, observe como Eugene Peterson traduziu em sua paráfrase:
A MENSAGEM:
43-45: Ninguém colhe frutos podres de uma árvore boa, nem frutos bons de uma árvore doente. O estado do fruto indica o estado da árvore. Lembrem-se de que vida produz vida. O que conta é o que vocês são, não o que dizem e fazem. Isso se comprova por seus atos e palavras.
(e) O falso cristão é uma ameaça ao verdadeiro cristianismo.
Martyn Lloyd Jones:
Parece cada vez mais claro que os piores adversários da fé cristã não são aqueles que estão francamente dedicados ao mundo, perseguindo aberta e militantemente os crentes, ou ignorando de modo flagrante os ensinamentos cristãos. A pior ameaça é a daqueles que têm um cristianismo falso e espúrio.
02. Viva o que você crê! (vv. 46-49)
(a) A repetição “Senhor, Senhor!” implica em uma reverência, que neste contexto mostra-se infrutífera: “e não fazem o que eu mando”.
Comentário Bíblico de Lucas: Através da Bíblia Jesus Ensina as Verdades do Evangelho Através do Sermão da planície (Lc 6.20–49)

Não basta saber o que Jesus disse, não bastar ter ouvido tudo o que Jesus falou. Não! Só isso não basta! É importante, mas não é o suficiente! É preciso colocar em prática os ensinamentos de Jesus para que a nossa realidade e a realidade daqueles que convivem conosco seja concretamente transformada. A parábola dos dois construtores é simples e clara: O primeiro construiu uma casa com alicerce sobre a rocha e o outro construiu a sua diretamente sobre a terra, sem nenhum alicerce. Veio a enchente e a primeira casa resistiu, mas a segunda desmoronou. É exatamente isso que acontece com as pessoas diante do evangelho: As que ouvem o evangelho e o colocam em prática ficam preparadas para o que der e vier; as que apenas ouvem, mas não o praticam, não conseguem resistir a nada; na primeira situação difícil esquecem tudo o que ouviram e continuam com a antiga maneira de agir.

(b) Como ilustração, temos a história que em Lucas há um diferencial: “lançou o alicerce” e “sem alicerces”.

O verbo themelióō em Mt 7.25; Lc 6.48; Hb 1.10 significa “providenciar um fundamento”. O sentido é figurado em Ef 3.17; 1Pe 5.10, ou seja, “fortalecer”, “confirmar”, mas com a ideia implícita de que, quando Deus nos confirmar na fé e no amor, ele estabelece sua casa ou igreja sobre seu seguro fundamento em Cristo.

(c) Um não foi abalado, o outro teve uma grande queda. Interessante essa relação comum nas Escrituras: dois caminhos, dois destinos.
Salmo 1 (NAA)
1Bem-aventurado é aquele que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
2Pelo contrário, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
3Ele é como árvore plantada junto a uma corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo o que ele faz será bem-sucedido.
4Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento dispersa.
5Por isso, os ímpios não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos.
6Pois o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá.
Mateus 7.13–14 (NAA)
13— Entrem pela porta estreita! Porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela.
14Estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que o encontram.
(d) Em suma:
Broadman:
O que significa aceitar a autoridade de Jesus? Significa muito mais do que apenas usar palavras, não importa o quanto elas sejam sagradas. Os contornos de uma vida devem ser determinados pelas suas exigências. Uma pessoa testifica do senhorio de Jesus, em sua vida, ouvindo e pondo em prática as suas palavras, das quais, algumas das mais difíceis estão contidas no sermão que termina com esta advertência.
https://www.guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/john-piper-fala-sobre-a-contradicao-de-se-viver-em-deus.html
John Piper fala sobre a contradição de se viver em Deus
SÁBADO, 31 DE MAIO DE 2014 06:32
Em uma de suas recentes pregações, John Piper fala sobre a contradição de se viver em Deus e ter dificuldades em diversas esferas da vida.
O que podemos dizer, de doenças crônicas, casamentos difíceis, perda de um filho? Piper, diz, citando Romanos 8:31-32, “Mas se Deus é por nós quem é contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio filho mas o entregou por todos nós, não nos dará todas as coisas?”.
Segundo ele, Deus pagou um preço infinito de seu filho por nós, assim, Ele irá fornecer tudo para os que creem nele.
O pastor da Igreja Batista de Bethlehem, continua dizendo “o que nos separará do amor infinito de Cristo, será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez? (Romanos 8:35-36)”.
Falando sobre a perseguição e assassinato de Cristãos, ele diz todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. “Somos mais que vencedores”, diz Piper, “que é a para a sua felicidade que um conquistador tem seus inimigo aos seus pés. Você tem angústia, fome, nudez, perigo, perseguição, e lá estão eles, conquistados aos meus pés.”
“Eles estão me servindo. Minha perseguição, minha fome, minha nudez, minha perda tão dolorosa e chorosa para que eles sejam meus servos. Deus trabalha todos juntos para o meu bem.”
“Deus quer que você seja feliz”, disse o pregador, “mas ele faz isso com as circunstâncias. Ele faz isso com ele mesmo. Ele faz isso com o Evangelho. E ele faz isso e através das circunstâncias.”
Este é um chamado para uma grande fé de que Deus é bom, Deus é por nós e Deus está usando estas coisas para nossa profunda felicidade agora e nossa felicidade completa, perfeita imaculada para sempre no mundo vindouro.
Por Pollyanna Mattos
Com informações do Christian Post
03. Outras aplicações:
(a) O que você é no seu interior define o que você faz no seu exterior. No final das contas, você não consegue fingir por muito tempo. Um dia a máscara cai.
Malaquias 1.6 (NAA)
6— O filho honra o pai, e o servo respeita o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? Eu, o Senhor dos Exércitos, pergunto isso a vocês, sacerdotes que desprezam o meu nome. Mas vocês perguntam: “Como desprezamos o teu nome?”
Gálatas 6.7 (NAA)
7Não se enganem: de Deus não se zomba. Pois aquilo que a pessoa semear, isso também colherá.
(b) Muitos crentes são apenas religiosos. Estão entre nós, por conveniência, apenas para terem algum tipo de “segurança pseudo espiritual”. Honram a Jesus com seus lábios, mas o negam com a sua vida.
Lucas 14.26 (NAA)
26— Se alguém vem a mim e não me ama mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
João 10.27 (NAA)
27As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.
(c) Cristianismo é um mandato. Não se trata de um passatempo de férias. É uma vida de renúncia e sacrifício. Não ouse ser cristão, se você não for chamado para sê-lo.
Tiago 1.22–25 (NAA)
22Sejam praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando a vocês mesmos.
23Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se àquele que contempla o seu rosto natural num espelho;
24pois contempla a si mesmo, se retira e logo esquece como era a sua aparência.
25Mas aquele que atenta bem para a lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte que logo se esquece, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar.
2Pedro 1.10 (NAA)
10Por isso, irmãos, procurem, com empenho cada vez maior, confirmar a vocação e a eleição de vocês; porque, fazendo assim, vocês jamais tropeçarão.
Ilustr.:
C. S. Lewis, “Cristianismo puro e simples”.
Os alimentos só mostram seu verdadeiro sabor quando vocês lhes acrescenta o sal. (É claro que, como eu disse, esse exemplo não é bom, pois no fim das contas, de fato é possível abafar os outros sabores pelo excesso de sal, ao passo que o sabor de uma personalidade humana não pode ser abafado pelo excesso de Cristo. Estou me esforçando ao máximo).
O que acontece com Cristo e conosco é algo semelhante a isso. Quanto mais tiramos do caminho aquilo que agora chamamos de “nós mesmos” e deixamos que ele tome conta de nós, tanto mais nos tornarmos aquilo que realmente somos. Ele é tão grande que milhões e milhões de “pequenos Cristos”, todos diferentes, não serão suficientes para expressá-lo plenamente. Foi ele que os fez a todos. Ele inventou- como um escritor inventa os personagens de um romance- todos os homens diferentes que vocês e eu devemos ser. Neste sentido, nossos verdadeiros seres estão todos nele, esperando por nós. De nada vale procurar “ser eu mesmo” sem ele. Quanto mais resisto a ele e tento viver sozinho, tanto mais me deixo dominar por minha hereditariedade, minha criação, meus desejos naturais e o meio em que vivo. Na verdade, aquilo que chamo com tanto orgulho de “eu mesmo” é simplesmente o ponto de encontro de miríades de cadeias de acontecimentos que não foram iniciadas por mim e não poderão ser encerradas por mim. Os desejos que chamo de “meus” são meramente os desejos vomitados pelo meu organismo físico, incutidos em mim pelo pensamento de outros homens ou mesmo sugeridos a mim pelos demônios. Ovos, álcool e uma boa noite de sono: eis aí a verdadeira origem da minha decisão de beijar a moça sentada à minha frente na cabine do trem, decisão que, para fazer uma vênia a mim mesmo, considero pessoalíssima e maduramente refletida. A propaganda será a verdadeira origem de minhas idéias políticas, que considero próprias e específicas. Em meu estado natural, não sou tanto uma “pessoa” quanto gosto de pensar que sou: a maior parte daquilo que chamo de “eu” pode ser facilmente explicada por outros fatores. É só quando me volto para Cristo, quando me entrego à personalidade dele, que começo a ter uma verdadeira personalidade minha.
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